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Akihito
-- Eu sabia que você ia perguntar isso.
-- Quer dizer, era obvio que iria perguntar.
-- Qualquer mãe no seu lugar perguntaria.
Suspirava longamente olhando diretamente nos olhos dela.
Akihito
-- Antigamente eu vivia fazendo perguntas como essa para mim mesmo.
-- "Será que fiz a coisa certa?"
-- Eu me perguntava...
-- Quer dizer...
-- Eu sabia que estava errado indo pra essa organização.
-- Mas eu sempre tentava acreditar que de alguma maneira eu estava fazendo o certo.
-- Era como se eu estivesse mentindo pra mim mesmo.
Abaixava a cabeça desviando o olhar dela, provavelmente ela estaria com alguma expressão de tristeza ou desaprovação em seu rosto e não queria ver isso.
Akihito
-- Mas depois de um tempo eu parei de me perguntar essas coisas.
-- Porque eu sabia que não tinha como voltar mais atrás nisso.
-- Eu apenas tive que aceitar o que eu havia me tornado.
Respirava fundo ainda com a cabeça abaixada.
Akihito
-- Mãe...
-- Eu sei que estou errado.
-- Eu sempre soube.
-- Mas agora eu chegou um ponto onde não tem nada que possa fazer pra corrigir meus erros do passado.
Sua mãe escuta a história. Sentada e quieta. Ela também fica de cabeça baixa.
*Mãe
-- ...
-- ......
Ela o abraça denovo. E por um momento fica em silêncio.
*Mãe
-- ...
-- ......
Ela tenta abrir a boca para dizer algo mas hesita. Dado uns segundoe ela encontra o que dizer
*Mãe
-- Mas... o que você queria com eles ?
-- Você não estava feliz aqui ?
*Mãe
-- N-nós todos cometemos erros meu filho
-- E passamos por caminhos esquisitos...
-- Mas nunca é tarde
-- Para fazer a coisa certa
-- Nós podemos mudar
-- Se você conseguiu virar...isso
-- Você pode virar o que quizer
*Mãe
-- A não ser que... seja isso que você quer
Ela ergue a cabeça baixa,e dá um sorriso. Um pouco triste mas ainda assim feliz. Apesar de tudo, o filho dela tinha voltado. Antes um akatsuki do que um cadáver.
*Mãe
-- Akatsuki ou não
-- Você é meu filho, de qualquer jeito
Ela o aperta mais forte, seu sorriso lentamente se desfaz.
*Mãe
-- Mas seu pai vai ficar furioso...
Akihito
-- Hehehe...
-- É até um pouco engraçado pensar nisso agora.
-- Mas quando eu entrei nessa organização pensei que poderia ser algum tipo de herói.
-- Pensei que poderia descobrir coisas sobre eles pra no futuro usar tudo o que descobri contra eles.
-- Pensei que sozinho iria conseguir de algum jeito acabar com a akatsuki.
-- Mas...
-- Eu não me culpo por isso naquela época.
-- Afinal era só uma criança sonhando que seria um herói.
-- Com o tempo esse sonho se foi...
-- E acabei virando apenas mais um "vilão" nessa história.
A apertava forte mais uma vez antes de soltá-la do abraço e escutar seu comentário sobre meu pai.
Akihito
-- Eu pensei que você é quem ficaria furiosa.
-- Por que se foi ?
*Mãe
-- Acho que tem sentimentos demais
-- Pra ficar furiosa agora
-- A gente pode brigar depois ?
-- Hihi...
-- ...
Ela não estava muito no humor para a própria brincadeira, emoções demais. Akihito a solta denovo após outro abraço. E ela enxuga o rosto molhado pelas lágrimas com a manga da camisa mais uma vez. Estava voltando a se recompôr.
-- Não sei...
-- Simplesmente se foi...
-- Talvez tenha sido porque percebi que sozinho não poderia fazer nada contra aquela organização.
-- Ou talvez porque eu tenha deixado de sonhar mesmo.
-- Hehe...
-- ...
Sorria tentando descontrair um pouco com a brincadeira que ela havia feito, porém logo voltava a ficar sério mais uma vez.
Akihito
-- Não fique triste mãe.
-- Vou tentar consertar as coisas por você.
-- Eu prometo.
*Mãe
-- O que acontece agora ?
-- Nós vamos ter de sair de Suna ?
-- E-eu nunca deixei a nossa casa...
-- Pra onde você quer nos levar ?
-- Eu não sei.
-- Estava pensando em levar vocês pro esconderijo.
-- Mas lá pode acabar sendo perigoso também.
-- Ah não ser que... (Uma ideia surgia.)
-- Já sei.
-- Talvez minha chefe pode saber de algum lugar seguro pra vocês dois.
Akihito
-- Vocês terão que vir comigo até a base da organização.
-- Tudo bem?
-- ...
*Mãe
-- I-i-ir até a akatsuki ?
Só de pensar ela já ficava assustada.
*Mãe
-- N-nós vamos
-- Virar bandidos ?
-- Renegados ?
Para ela era bem difícil responder. Era muita coisa acontecendo tão rápido. A mulher hesita e demora um pouco a responder. Ela concorda no fim, mas de forma bem insegura.
*Mãe
-- S-s-se não tiver o que fazer...
*Mãe
-- Mas nós estamos em tanto perigo assim ?
-- A-a vila não pode... não pode nos proteger ?
-- Não mãe, vocês não irão virar bandidos.
-- E também não vão ficar na akatsuki.
-- Quer dizer...
-- Eu acho que não pelo menos...
-- Mas se formos até lá tenho quase certeza de que minha chefe pode achar um lugar mais seguro para vocês ficarem.
Suspirava fundo tentando acalmar ela de qualquer jeito.
Akihito
-- E infelizmente a vila não pode proteger vocês.
-- Eu não tive nenhum problema pra invadir a vila agora.
-- E eu já havia a invadido outra vez no passado também.
-- Qualquer outra pessoa pode chegar até vocês com facilidade
-- se continuarem vivendo aqui.
A abraçaria forte mais uma vez e em seguida a soltaria, olhando direto em seus olhos.
Akihito
-- Eu não vou obrigar vocês a nada.
-- E nem mesmo levá-los a força.
-- Se quiserem continuar na vila eu vou entender.
-- Posso dar um jeito de proteger vocês mesmo estando longe.
-- Mas tudo vai ser mais fácil se vocês vierem junto comigo.
*Mãe
-- C-ce-certo
-- Vamos
Ela fecha os olhos e suspira. Buscando se acalmar se também.
*Mãe
-- Ai meu deus...(Desabafa suspirando denovo)
*Mãe
-- Nós temos ainda que achar o seu pai
Akihito
-- Obrigado mãe.
Akihito
-- Não se preocupe, eu vou atrás do pai.
-- Só me diz onde ele tá.
-- Enquanto vou atrás dele você pode ir arrumando suas coisas.
Após ela me dizer onde meu pai estaria, colocaria meu capuz para cobrir meu rosto e não ser reconhecido por mais ninguém e sairia em busca dele.
-- V-vou arrumar
-- Seu pai saiu para buscar alguns pregos
-- A janela dos fundos está quebrada
*Mãe
-- Houve uma tempestade ontem
-- Encheu tudo... tudo de areia
-- Eu estava limpando lá atraz
*Mãe
-- E ele foi buscar as coisas para fechar o buraco
-- Com távuas
-- Deve estar no mercado lá da praça
*Mãe
-- Acho que não faz mais diferença
-- Hih
Akihito se arruma e deixa a casa par procurar seu pai. Sua mãe aponta na direção do mercado após falar dele e Akihito sabia onde ficava. Havia passado por perto no caminho para a casa. Ficava no arredor da praça onde estava acontecendo a grande feira na cidade.
Ao chegar lá, Akihito nota que haviam chegado dois novos vagões com emrcadores, enchendo mais de gente o lugar que já tinha bastante pessoas. O mercadinho estava logo atraz de um deles. A área tinha vários guardas. Havia um ANBU na extremidade oposta da praça. E uma dupla deles conversando com alguém próximos ao vagão e o mercado.
"ANBU?! O que eles estão fazendo aqui?"
Pensava um pouco intrigado com o motivo de avistar um ANBU no local, porém apenas precisava não chamar atenção e não teria problemas. Andava em meio a multidão indo em direção ao mercado, caso conseguisse chegar até lá sem problemas, procuraria por meu pai no local onde vendiam pregos ali.
Respirava fundo enquanto procurava por um local onde pudesse me esconder das pessoas e principalmente dos guardas e ANBUs, caso conseguisse achar um lugar assim, usaria o Henge para ficar com a aparência idêntica a de minha mãe e então, começaria a me aproximar de meu pai.
Akihito/Henge
-- Querido.
-- Preciso de sua ajuda em casa.
-- Parece que o estrago feito pela tempestade foi um pouco maior do que parecia.
Dizia tentando afinar minha voz o máximo possível para que ficasse mais parecida com a voz de minha mãe e então, olharia para o ANBU como se não o tivesse notado antes.
Akihito/Henge
-- Oh...
-- Desculpe...
-- Aconteceu alguma coisa aqui?
-- Esta tudo bem?
Henge no Jutsu (Técnica de Transformação)
Descrição: Técnica básica de transformação. Você assume a forma de outra pessoa ou objeto. Útil para missões de espionagem, etc.
Nota: Doujutsu consegue claramente ver por esse Genjutsu.
Custo: 1 chakra
Causa: Se transforma em pessoas ou objetos que o úsuario desejar.
Duração: Até o usuario desejar
Chance de acerto: 95%
*Pai
-- Oi querida
Os ANBUs se viram para Akihito.
*ANBU
-- Senhora
*ANBU
-- Madame
Ambos fazem um sim com a cabeça, estavam só cumprimentando. Akihito aproxima-se de seu pai. Estava bem escuro ao lado do vagão, e pessoas passavam ao redor sem se importar com a conversa. Um dos ANBUs era bem familiar.
*ANBU
-- Não tem nenhum problema senhora
-- Só fazendo umas perguntas
*Pai
-- Parece que acharam algumas informações novas sobre...
-- ...
-- Sobre o caso...
-- Do nosso filho
Dava para sentir uma hesitação na voz dele. Mas não para esconder algo, só parecia estar tentando ser delicado em falar do assunto.
*Pai
-- O que aconteceu em casa ?
-- Você está bem ?
-- Precisa de uma água ?
Diz apontando a garganta. Ele havia notado a diferença na voz.
Pensava enquanto cumprimentava os ANBUs de volta e escutava o que meu pai dizia, não pensei que a informação sobre mim chegaria tão rápido assim até eles, porém ao escutá-lo faria uma expressão de surpresa arregalando os olhos e levando ambas as mãos até a boca.
Akihito/Henge
-- N-n-n-no-nosso f-filho?
-- Ma-mas ele... *cof* *cof*
-- O-o que aconteceu?
Falava gaguejando, pois tentava imitar ao máximo o modo como minha mãe falava, as vezes também tossia para poder disfarçar a voz.
Akihito/Henge
-- N-não se preocupe querido. *cof*
-- Estou bem.
-- O que descobriram sobre nosso filho?
Sabia que tinha de tirar meu pai dali o mais rápido possível, porém não poderia perder a chance para descobrir o que eles sabiam sobre mim.
-- Calma querida
-- Respirou muita areia ?
-- Certeza que não precisa de uma água ?
*ANBU
-- Nada demais senhora
-- Uma situação com a aliança shinobi esbarrou com um... dado novo
-- Que tem relação com o caso
-- Uma informação sobre... um nukennin
*ANBU
-- Só estamos revendo algumas informações
-- E alguns testemunhos do dia
-- Para ver se jutnamos umas peças...sobre o que aconteceu
-- O caso esteve frio por um tempo
*Pai
-- Descobriram quem foi que atacou os portões no dia ?
*ANBU
-- Não com certeza
-- Estamos checando algumas suspeitas quanto a isso antes de tirar conclusões
*Pai
-- Eles estavam fazendo algumas das mesmas perguntas de antes
-- Não entendo pra quê...
-- Já disse que nosso filho não estava envolvido com nenhum problema...
*ANBU
-- Nem com gente perigosa ?
*Pai
-- Não...
*ANBU
-- Mas ele esteve envolvido com um esquema bem complicado no dia
-- Envolvendo a prisão do ex-lider dos Sabaku
-- O que sabem sobre isso ?
Akihito/Henge
-- Estou bem querido.
-- Em casa eu tomo alguma coisa. *cof*
Virava em direção ao ANBU tentando fazer uma expressão de tristeza no rosto.
Akihito/Henge
-- Será que não podemos conversar sobre isso em uma outra hora? *cof*
Falava em um tom baixo e logo abaixava a cabeça fitando o chão. Agora que descobri o que queria, apenas precisava ir para longe dos ANBUs e voltar para casa.
-- Não sabemos nada disso...
-- Não é trabalho de vocês saber que trabalhos dão para os próprios ninjas ?
*ANBU
-- ...
-- Sim, claro...
-- Quando nós que damos o trabalho...sim...
O ANBU soava desconfiado. Akihito continua a tossir e pede para deixar os questionamentos para depois. Seu pais e aproxima, preocupado com a saúde de "sua mulher".
*Pai
-- Nós podemos ir ?
-- Ela não está muito bem
*ANBU
-- Claro
-- Não há muito para perguntar
*ANBU
-- O endereço de vocês continua o mesmo ?
*Pai
-- Sim
*ANBU
-- Certo
-- Podem ir
-- Vamos informar vocês se surgir qualquer novidade
Os ANBUs se retiram calmamente. O pai de Akihito vai andando apra o lado oposto, trazendo ele junto.
*Pai
-- Que incomodação desnecessária...
-- Vamos pegar um copo d'água pra você amor
-- O que foi que aconteceu em casa ?
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