O som da brisa suave que atingia Konoha no final da tarde, cortava as finas telhas das casas da vila enquanto carregavam consigo, diversas folhas em tom esverdeado e laranja. O fraco sol do entardecer iluminava a vila, a medida que as luzes eram acessas com o chegar da noite. Enquanto muitos fechavam seus comércios, recolhendo seus pertences para dentro de sua casa, um jovem trio de shinobis caminhavam pelo estreito caminho formado por pedaços de pedra, que ligavam a rua principal da vila.  

-Bem... Kunais, comida, fios, comida... Disse o mais carismático do grupo, Hozuki Shiro. Vestia-se com um quimono em tons azulados, uma parte, até mesmo mais clara. Remexendo em sua bolsa, voltou-a à colocar em suas costas, carregando consigo os utensílios que poderiam ser cruciais para esta jornada.

-Shiro. Uma menina que andava poucos passos atrás de mim e Shiro, dera um leve tapa nas costas do shinobi, uma certa forma de chamar a atenção do rapaz. -Comporte-se. Não vê que vamos sair em algo sério? A menina, era uma descendente do clã Uchiha. Izumi era seu nome. Apesar de ser séria, era leal a seus companheiros, e faria tudo a seu alcance por eles. -E como vai ser, Yasuji?

-Bem... Suspirei, antes de continuar a fala. Muitas coisas rondavam minha cabeça. Era como se, no final, nada fizesse sentido. Estava atrás de meu pai, aquele ao qual tenho desgosto até mesmo de pronunciar o nome. Os acontecimentos do passado... procurara me deixar com rancor... Minha mãe? Bem, sequer sei seu paradeiro. -Vamos sair em uma missão. Mas vocês sabem, de quem na verdade estamos atrás. Pegaremos a missão, e poderemos sair da vila. Vamos atrás de meu pai.

*Izumi
-E você sabe ao menos onde ele está?

-Não, Izumi. Disse, levando a mão a cabeça e coçoando-a, em sinal pensativo. - Mas faço uma ideia onde esteja. Ouvi rumores que ele estaria aos redores de Kumo. Ele é um shinobi reconhecido, creio que não será muito difícil encontra-lo. Minha mãe ainda esta sumida. Precisamos encontra-la. Dito essas palavras, solicitariamos uma missão rank C na Central de missões.

Vantagens e Desvantagens:

Como haviam combinado no dia anterior, os três velhos amigos caminhavam em direção ao centro de missões. Yasuji, tendo se formado gennin, já se achava capaz de confrontar seu pai, ao menos ele considerava que, com sua equipe, teria grandes chances. Seus amigos já não pensavam o mesmo, mas entendiam os motivos dele, e por terem, ao longo de todos os anos na academia, só fortificado essa amizade, ele tinham uma lealdade quase inquebrável ao time. Ainda sim, eles mantinham um forte receio à investida de Yasuji.


Izumi:
- Yasuji-kun...
- O que vai fazer quando encontrá-lo?

Tanto Izumi, que era a mais inteligente do grupo, quanto Shiro, ficavam olhando fixamente para o jovem Hyuuga, ela esperando que ele tivesse um plano muito bom para quando encontrasse seu "pai", considerando que ele realmente é um ninja de renome, e ele confuso com o clima gerado com a pergunta. Independente da resposta, eles o seguiriam, estavam dispostos a tudo para livrar seu amigo dessa mágoa.


Por fim, chegavam à porta do centro de missões, mas o clima ainda parecia estranho, e Yasuji podia perceber isso. Nenhum dos dois passava pela porta, algo como um teste inconsciente para verificar se ele realmente estava pronto para isso.

O som do questionamento em meio à suas ideias, intenções e preocupações era algo que deveria considerar. A mente poderia só pensar em coisas como vingança, mas as limitações físicas poderiam ser um empecilho. Não, espera, oque estou pensando? Que tenho limitações físicas para enfrentar o meu pai? Não! Izumi e Shiro poderiam até ter parcelas de razão. Poderia sim, ser um tiro no escuro. Mas teria de tentar. Estávamos 'fortes'. Precisa me encontrar com o velho coroa.

Passávamos pela larga porta de madeira, antes de perceber que a silhueta dos dois shinobis não me acompanhavam. Parei, olhando lentamente por cima do ombro. Entendia a preocupação dos dois. Alguns segundos atrás, também estaria preocupado.

-Eu... não sei direto. Disse, voltando a caminhar rumo a mesa de missões. -Vamos completar a missão. Podemos ver isso depois, quando encontrarmos ele.

Os dois companheiros aceitavam a resposta. Shiro não pensaria mais nisso, mas Izumi já imaginava que, ao menos durante a viagem, Yasuji teria bastante tempo para pensar e tomar a melhor decisão. Então, ao chegar a mesa de missões, a Uchiha tomava a dianteira e solicitava ver que missões do Rank C, estavam disponíveis.


Izumi:
- Boa Noite...
- Eu e minha equipe queremos uma missão Rank-C por favor.

Atendente:
- Vocês são muito vigorosos nessa idade, né?!
- Uma hora dessas e ainda estão dispostos a iniciar uma missão.
(...)
- Vejamos...
- Tenho alguns pedidos aqui.
- Dê uma olhada.


Izumi olhava cada pedido de missão com bastante atenção, ela procurava algo que possibilitasse o encontro de Yasuji com seu pai em Kumo. E depois de alguns minutos ela levantava um pergaminho revelando um sorriso.

Izumi:
- Acho que encontrei a missão perfeita.
- Olhem!

MISSÃO RANK - C

PEDIDO: Meu nome é Niral Yakasuki. Sou um artesão e preciso levar um encomenda muito especial para a aldeia da nuvem. Por causa de um selo que coloquei na caixa, somente eu posso abri-la, então, preciso que me levem junto do pacote.

MISSÃO: Escoltar Niral Yakasuki até Kumogakure e o trazer em segurança após a entrega.

Shiro:
- Parece simples...
- Ta bom pra começar.

Não foi tão difícil achar uma missão que se enquadrasse em nossos critérios. Quando questionado sobre a noite estarem em busca de uma missão, abri apenas um sorriso sorrateiro, com o canto da boca. Considerei como uma forma de elogio. Izumi mostrava o pergaminho para o grupo, passei levemente os olhos sobre o pedaço de papel. Possuía poucas ranhuras, dobrado em suas pontas, mostrando uma forma de descuidado com o pedaço de objeto. Mas estava semi-novo, oque deduzíamos que a missão poderia estar ali não muito tempo. Niral Yakasuki... esse nome parece atrair problemas. Pensei, em minha própria mente. Mas sem hesitar, agradeci Izumi, pegando o pedaço de papel, e mostrando ao homem.
-É essa. Vamos querer essa.

O homem recolhia o restante dos pergaminhos e os organizava em um estante que tinha atrás do balcão. Em seguida, ele voltava com um sorriso no rosto.


Atendente:
- Boa sorte jovens ninjas.

Shiro tomava a dianteira e saía do prédio, e ficava do lado de fora aguardando os outros.
Agora eles deveriam decidir a rota pela qual seguiriam. Pois, a vila contava com quatro portões que davam saída para os pontos cardeais principais, e eles poderiam seguir por qualquer um deles. No entanto, com a pouca experiência que tinham, não saberiam nada sobre nenhum dos quatro caminhos, e só o que lhes restava era escolher por lógica ou sorte.

Não dizia mais quaisquer palavra. Sabia o que tinha de fazer. Caminhava então, lentamente rumo ao portão leste. Talvez deveria sair por ali mesmo. Perto do portão, sentia que me esquecia de algo.

-Ei! Indaguei, virando-se para Izumi e Shiro. -Não temos de levar esse tal de Niral Yakasuki? Cadê ele?

O senhor Niral era pouco conhecido na vila, mas a "casa" dos artesãos é no centro da aldeia, junto com todos os outros mestres e artífices. Izumi sabia disso, e sem pensar muito, ela prontamente respondia ao jovem Yasuji, mas logo depois ela olhava para o céu tentando determinar a hora.

Izumi:
- A galeria dos mestres fica no centro da aldeia
- Mas...
- Acho que não o encontraremos a essa hora.

Shiro:
- Só vamos saber se irmos até lá...

A palavra e decisão era aberta ao Yasuji, ele deveria decidir se iriam até a galaria, ou procurariam em outro lugar.

OFF: Malz. Eu tava de serviço ontem e não deu pra postar.

-Sim, só saberemos se irmos até lá. Tomava meu caminho agora rumo à galeria dos mestres.

Tomada a decisão, Yasuji se direcionava para a tal “Casa dos Artesãos”, que não era tão longe, considerando sua posição atual. Então, na rua indicada, mesmo antes de ter confirmado, eles já imaginavam qual dos prédios - entre os muitos outros naquela rua - era a galeria. O lugar era feito com paredes de metal, tinham várias chaminés, e o som de marteladas em chapas de metal era audível desde o início da rua; era quase evidente.


Izumi:
- É só um palpite...
(Dizia a menina de forma sarcástica e deixando um tom de subjetividade no ar)

Shiro:
- Vamos logo...

Shiro tomava a dianteira e caminhava pela rampa até um homem sujo de graxa que lustrava uma chave de boca numa cadeira de frente para a porta.

Shiro:
- Boa Noite.
- Sabemos que já é tarde...
- Mas o Sr. Niral Yakasuki ainda tá aqui?

O homem robusto e de aparência grosseira levanta levemente a cabeça e, em seguida, se põe de pé. Ele vai caminhando lentamente até estar bem próximo de Shiro, que engole a seco.


Artesão
- Aaaaaah
- Olha o que temos aqui...
- Ninjas querendo ajuda de artesãos...
- Reconheceram enfim a superioridade dos nossos conhecimentos...
(DIZIA O HOMEM COM VOZ FINA E ATITUDE ARROGANTE)

Shiro:
- Claro que n...
(IZUMI TAPAVA SUA BOCA)

Izumi:
- Claro...!!
- Todos os ninjas sabem disso...

Artesão:
- É sério?!
(...)
- Quero dizer... É claro que é!

Izumi:
- Sim
- Temos um questão importante que só o Mestre Niral pode nos ajudar
- Mas é ultrassecreto

Artesão:
- Entendo...
- Esse cara é muito estranho
- Vive isolado
- Deve estar realmente fazendo algo interessando naquele laboratório.
(...)
- Ele não sai muito...
- Acredito que esteja no laboratório 33, no terceiro andar.
- Segunda porta à esquerda.

Izumi:
- Certo.
- Agradecemos muito a sua ajuda.

As crianças adentravam o prédio, onde diversos mestres ainda trabalhavam àquela hora, subiam as escadas e caminhavam pelos corredores barulhentos. Por fim, chegavam ao local. Uma porta de ferro, mas aparentemente sem mais proteções.

OFF: MALZ A DEMORA. EU TO PERTO DA SEMANA DE PROVAS E TÁ MEIO COMPLICADO