Eu me colocava sentado observando aonde estava os guizos enquanto Zhao falava e sem querer solto um sorriso pra aliviar um pouco minha tensão, não tinha tido tempo de utilizar o sharingan de verdade e nem estive em um combate concreto nos últimos tempos, mas usaria o que eu sei usar de melhor.

-Como você quiser Zhao.

No mesmo tempo eu concentro chakra na mão e toco o chão duas vezes, na primeira eu invoco minha armadura de aço e na segunda, um pouco mais demorada, eu invoco correntes de aço que emergem por debaixo de Zhao, o agarrando pelos pés e restringindo os membros inferiores, enquanto o garoto fazia sua investida por dentro da areia, eu me aproximo mais e fico na sua retaguarda, criaria uma espécie de carapuça com meus cabelos deixando apenas o espaço do seu braço passar, enquanto o garoto vasculhava aquela areia eu já deixava de protidão minhas lâminas, caso eu sentisse ataque de alguma parte de fora, eu estocaria pelo lado de dentro com as lâminas, dando espaço para uma reação do garoto afeminado.

Jutsus usados:

Ativos:

-- É uma honra ser o seu saco da pancada desde que isso me beneficie em algo. Por enquanto isso não me pareceu em vão.

Fazia uma referência mostrando respeito a Zhao e somente sinaliza com a cabeça como um cumprimento ao seu novo irmão se dirigindo a torre do Hokage, coisa que foi mais reforçada agora em sua mente por Zhao ao dizer que o olho seria examinado seguia o caminho em silêncio até a torre onde se apresentaria pra falar com o Hokage.

Faço sinal de reverência ao comandante Zhao e uma cara de decepção com a besteira que aquele garoto falava.

Yasuka:

-Você agora é um ninja de elite de konoha garoto, tenha um pouco de auto estima e aja como tal. (Olho novamente para Zhao)
(...)
-Obrigado comandante, não irei decepciona-lo. Prometo defender meus companheiros e honrar konoha, quando for necessário.

Me viro e sigo o garoto atrás dele, pensando se valeria apena abdicar da única coisa que me fez retornar do inferno em prol do bem de Konoha. Poderia acabar com tudo ali agora mesmo a caminho do Hokage dividindo o corpo dele em dois.."Não! pelo bem de konoha não...."Aquieto as dúvidas que me permeavam, Konoha estava em guerra e não havia tempo para disputas individuais não havia tempo para isso, pelo menos não por enquanto.

Quando chegamos e começamos a conversar com Sayuri.

-- Olá Sayuri-Sama. Faz um tempinho mesmo... O meu braço ficou ótimo com os cuidados que me deu.
-- Quase que não volto inteiro. Ganhei 2 golpes de graça só no que me lembro.

Com a análise de Sayuri fiquei bastante intrigado. Não entendia exatamente a razão daquilo estar escondido mas fazia sentido que não fosse visível. O homem simplesmente apareceu e fez algo que mais parecia um contrato de sangue ou um tipo de transferência por selo.

-- Uma forma de despertar? Hm...

Abaixava levemente minha cabeça como uma despedida e logo levava minha atenção de volta ao hokage.

"Ah... Ninjas de Elite? Pensei que esses fossem os Jonnin especializados... Tanto faz... "
"Como eu poderia despertar um dōjutsu que nunca nem ouvi falar ou sei o que é... "
"Missão de vida ou morte... Talvez isso seja uma chance de descobrir algo que desperte esse olho estranho...  Mas ainda penso que não estou muito preparado pra isso, embora seja mais sábio aceitar... "

-- Seria uma honra cumprir a missão Hokage-Sama.

Depois que Yasuka se manifestasse e falasse suas pretensões.

-- Hokage-Sama o senhor poderia me dar um minuto de seu tempo? Eu tenho uma dúvida...

Yasuka:

-Sayuri-Sama, é uma honra vê-la novamente(Faço um sinal de reverência)
(...)
-E eu perdi a conta, quando eu cheguei ele já estava sendo surrado.

Vou me encaminhando até a parede mais próxima e fico escorado de braços cruzados.

-Forma de despertar ? se a senhora quiser a gente pode testar através da dor, faço uns quatro ou cinco ataques que não causem danos permanentes.....pelo menos não visivelmente. (Faço um sinal de despedida quando ela sair)

Enquanto o Hokage falava eu me colocava novamente em pé, escutando atentamente o que ele falava.

-Akhito-Sama o senhor sabe, missão dada é missão cumprida, por quaisquer meios necessários e disponíveis. Como soldado de konoha eu aceito sem pestanejar.

Estufo o peito e entro em posição esperando o que o lider da aldeia teria a dizer.

-- Era justamente sobre isso que eu gostaria de falar. Eu não entendi bem nem a forma como ganhei quanto mais uma possível forma de despertar é eu queria saber como funciona com os Doujutsus que o senhor conhece. Quem sabe assim eu não pudesse descobrir uma forma de despertar.

Eu parava pra me lembrar do momento.

-- Eu não lembro bem. Mas acho que o que me lembro era suficiente. O Kazekage havia me mandado com minha colega em missão de investigação e eu negligenciei meu chakra e fui parar em uma ilha estranha. Fui capturado, quase morri envenenado, e derrepente quando consegui escapar eu encontrei um homem na costa que tinha olhos... Estranhos.

Me lembrava do momento peculiar. Aquele homem disse coisas que de início pareciam delírio. Mas era informação necessária.

-- Ele ele se apresentou com Jiki, o imortal Deus dos raios e do magnetismo...
-- E ele disse algo sobre estar me passando um fardo, me nomeando príncipe dos metais. Foi qual ele se cortou e derramou o sangue em meus olhos... Começou a arder muito e quando me dei conta estava em minha cama e Naomi estava me chamando pra ir a missão que eu já havia ido. O único fato que me fez ver que não tinha sido só sonho ou que eu não estava louco foi a confirmação de Shukaku...

Aquilo realmente me confundia. Não era possível que fosse só uma ilusão.

-- Eu ainda estou tentando entender o que houve, por que quando fui falar com o Kazekage ele alegou não ter me passado nenhuma missão...

-- Sim Hokage-sama...


Após as perguntas eu ouvia atento as instruções do Hokage por mais que não fosse pre mim, curioso sobre quem seria tal procurada.

"Senju... Isso não me parece bom. Os membro desse clã costumam ser bastante apelativos... Tenho que evitar ao máximo uma batalha... Se ficarmos suficientemente camuflados isso não vai passar de uma missão de espionagem. Espero que dê certo..."

Com as ordens do Kage, reverenciava e já estava saindo da sala indo em direção ao portão da vila, obviamente aguardando o estranho de cabelo branco sair do portão pra fora pra segui-lo já que eu não tinha informação alguma sobre o alvo da missão.

Yasuka :

-Sim senhor Akhito-Sama, a missão será feita a risca independente dos danos e mortos pelo caminho.
(...)
-Com sua licença, vou me retirar agora.

Cumprimento o Hokage de forma respeitosa e saio pela porta da sua sala, me dirijo diretamente ao moleque perto de mim.

-garoto, me espere no portão próximo a floresta da folha, vamos partir imediatamente.

Sem nem esperar o garoto falar alguma coisa eu me viro de costas e vou diretamente a minha casa, chegando lá eu reúno algumas roupas e comida pra dar a ideia de retirantes, minha estratégia seria manter um disfarce de nômades enquanto estivéssemos dentro da floresta da folha, certeza que o raio branco estaria a espreita pela floresta e n sei se eu teria a capacidade de lutar com ela de igual pra igual, enquanto eu tô perdido no meio dos pensamentos, abro o pergaminho que o hokage me deu para ver se haveria ali melhores informações sobre a senju que estamos procurando, depois disso me dirijo diretamente ao portão próximo a floresta.

Antes mesmo de sairmos, me virava para Yasuka, mantendo o olhar sério no mais profissional de palavra, já que nossas primeiras impressões não eram das melhores. Por força do hábito armei meu mando de areia de ferro assim que saímos da Torre do Hokage.

-- Okay então. Eu imagino que você tenha um plano para ir sem sermos pegos. Não tive muitos dados da missão já que o pergaminho ficou com você e não conheço o inimigo. Poderia me dizer o que devo esperar caso a gente fracasse em se manter camuflados.

Prosseguia andando naquele caminho "limpo e tranquilo". Em excesso na minha opinião. Não estava gostando de toda aquela calmaria pois o silêncio era imprevisível.

"Não confio nessa floresta... É muito fechada pro meu gosto... "

Jutsus:

"O dia está bonito hoje.... uma pena eu não poder ficar pra aproveitar...."


Assim que eu chego no portão já me deparo com o garoto de chakra exposto com a areia ao redor.

Yasuka:

-Moleque, cê tá levando isso a sério ? até um civil comum consegue ver essa areia se arrastando ao seu redor, os ninjas que a gente vai espiar são ninjas de elite, no último confronto apenas o Akhito conseguiu detectar a presença deles e você acha mesmo que eles não vão detectar você espalhando seu o chakra ao redor ? Abaixa isso ai agora e vamos andando que a estrada é sinuosa.

Com poucos metros a frente, pelo menos até o portão sumir de vista eu paro o garoto no acostamento da estrada e jogo o saco com as roupas que eu peguei.

-Bora garoto, pega alguma dessas roupas femininas usadas de outras missões ai dentro da sacola, o cheiro ruim vai disfarçar esse teu cheiro de filho de hokage lombrado e leite com pêra.

Pego um punhado de lama no chão e passo no rosto do garoto com a delicadeza que soldados sempre tem.

-Agora você tá no mundo real, é um espião de elite e vai fazer trabalho sujo de verdade, entenda que agora sujar as mãos com sangue de inocente vai ser o mínimo, acabou essa historinha de missão de diplomacia, se prepara pra ver e ouvir coisas que você jamais imaginaria.
(....)
-Você vai apagar esse seu rastro de chakra, deixando o minímo só pra usar o jutsu de disfarce, a partir de agora você é a Obaa-Francisquinha, você e seu neto que no caso vai ser eu, estão fugindo de konoha porque não concordam com a insurreição que o Hokage está fazendo no pais do fogo e ouviram falar de uma união na floresta que é contra esse tipo de maldade.
(....)
-Caso a gente seja enquadrado no caminho eu falo, e mesmo se não der certo esteja preparado pra enfrentar pessoas cinco vezes mais rápidas que o Zhao, nossa meta é voltar sem nenhum confronto direito, mas se formos encurralados não vai ter outro jeito a não ser lutar, e trate de aprender a lutar com essa areia inteira em movimento constante e fazendo barulho ao seu redor, areia parada é menos tempo de reação pra você e mais tempo de ataque pro inimigo.
(....)
-Caso não tenha jeito, esteja preparado pra sair voando com sua areia, eu como capitão da missão tenho o dever de morrer pra que ela seja feita se for preciso, em último caso, se a gente for encurralado por um inimigo mais forte eu vou tentar abrir espaço pra você sair voando o mais rápido que você puder, de qualquer forma as informações que a gente conseguir tem que chegar ao hokage independente da forma como chegar, agora vai, vai ali pra trás se vestir nessa porra e anda logo.

enquanto o garoto ia pros matos se trocar, eu retirava a minha armadura e o pergaminho que ainda estava comigo, faço uma caixa de aço e guardo tanto a armadura e minha bandana de konoha, quanto o pergaminho nela e enterro próximo a estrada, eu tenho que lembrar que aquilo está ali, pego alguma capa surrada e mais larga possível dentro da sacola pra esconder minhas duas espadas, jogo um pouco de terra no rosto pra dar um aspecto sujo a minha aparência e uso o jutsu de transformação pra modificar minha face e diminuir um pouco de altura. Quando o garoto volta eu falo.

-Venha criança, preciso que você faça um favor, faça algum jutsu de terra e jogue essa caixa enterrada o mais fundo que você puder e vamos embora

Continuo a caminhada até a floresta com o capuz da capa por cima da cabeça e olhos pra baixo dando a impressão de abatido.

Jutsus usados :

-- Me desculpe. Força do hábito.

Pegou as roupas que o outro deu e ficou olhando seu discurso com cara de bosta.

-- Não tenho problema com trabalho sujo. Aliás não se iluda. Estou no mundo real a mais tempo do que imagina.

Me escondi atrás de alguns arbustos e coloquei as roupas, usando o jutsu de transformação e tomando a aparência de uma senhora simpática, já usando a tonalidade e o comportamento de uma velha.


-- Ora... Se vou pagar esse mico ao menos vou escolher o meu nome. Esse é tão ridículo que só um idiota acreditaria... Vou me chamar Tomura Akemi...

Eu realmente achei aquele nome uma panaquice. Quem iria acreditar naquilo?

-- Bom... Eu espero que não tenhamos que ter uma morte.

Peguei a tal caixa da mão de Yasuka e abracei a mesma, mergulhando a quase 3 metros de profundidade deixando a caixa e retornando para cima o mais rápido possível.

-- Se continuar me chamando de garoto o disfarce não vai adiantar de nada...

Começou a andar devagar como se realmente fosse uma senhora de idade sedentária e seguiu o rapaz.

-- Vá devagar... Não esqueça que não tenho idade mais pra isso...

Jutsus:

Vou ignorando completamente as falas do garoto usuário de flor do deserto, e envolvo meu braço no dele como se realmente fosse um neto cuidando de sua avó.

-Se é pra fazer o disfarce, vamos fazer direito, vou aproveitar o seu fedor de gente velha.

Seguimos adiante para dentro da floresta.