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Depois de minha última missão, eu havia retornado ao meu ponto de partida, a vila dos órfãos. Não entendi bem o que havia acontecido, mas tinha fortes crenças de que, o que quer que tivesse acontecido, ainda não havia terminado.
Decidi sair novamente em missão, dessa vez, buscando ser útil para minha vila e para me fortalecer para eventos futuros.
Após conseguir ver um senhor já de idade avançada no setor de missões, eu me aproximo do mesmo, a fim de conversar com ele.
-- Olá, senhor. Me chamo Chikamatsu Tessai. Estou aqui para conseguir uma missão. Tenho objetivos concretos para cumprir. Crescer como titeriteiro e artista, assim como reconstruir minha vila. Para isso, preciso de dinheiro e de uma missão. Por favor, ajude-me a concretizar meus objetivos. Dê-me uma missão de Rank B.
Atendente:
- Minha nossa, que formal!
(RIA)
- Acho que você não precisa de tudo isso, meu jovem.
- Esse é o meu trabalho.
- Mas, vejamos...
- Uma missão Rank B.
(ELE OLHA SOB O BALCÃO E PROCURA ENTRE OS PERGAMINHOS)
- Infelizmente, Fujitora-sama só ranqueou duas missões com nível B.
(...)
- Temos uma missão de "contenção" de um tipo rebelde homicida, e uma de infiltração na aldeia da chuva.
Ouvia atentamente as palavras do senhor, enquanto me dizia para não ser muito formal, coisa que eu não conseguia.
-- Senhor, por favor, dê-me a missão de infiltração. Acredito estar apto para cumprir esse tipo de missão.
Atendente:
- Aqui está.
- Boa sorte, meu jovem.
MISSÃO: RANK B
OBJETIVO: Com o suposto sumiço de Cassanda Kimura, vigilantes relatam desorganização no exército da chuva, e a suposta guerra mundial agora está muito longe de acontecer. Esta é uma convocação para um Chunnin, ou acima, com talento em espionagem e infiltração, e este deverá entender a situação política dentro da vila e buscar informações sobre uma das "cabeças" do clã Kimura, a matriarca, Akatsuki.
Depois de pegar o pergaminho contendo as informações da missão, eu o abri e li seu conteúdo. Fiquei estarrecido com as palavras "Cassandra Kimura", afinal, ela era neta da minha mestre e uma membro do clã Chikamatsu, assim como eu. Eu poderia aprender muito com essa missão, se tudo corresse bem.
-- Obrigado pela gentileza, senhor. - disse, partindo em direção a saída da vila e seguindo para iniciar minha missão
Era o momento de, finalmente, decidir minha rota até a vila alvo. Ponderando as dificuldades que poderia encontrar por todos os caminhos possíveis, achei mais prudente seguir pelo país do pescoço, uma vez que seria um local com uma área mais fácil para camuflagem e ocultismo do que o mar. Dei seguimento a minha missão por esse caminho, atento para os possíveis inimigos que me aguardavam.
O país do pescoço era muito calmo e sossegado, com uma vasta planície e um território de dar inveja. Definitivamente não havia nada parecido no país do vento. Continuei minha caminhada, sem ter opções para repousar, visto que não existia árvores ou qualquer outra coisa capaz de me abrigar.
Em minha missão, fiquei atento para algum local peculiar, que eu pudesse, no mínimo, transformar em algum recanto para repousar.
Após mais algum tempo de caminhada, conseguia avistar uma cabana. Como método de segurança, dei uma ampla volta ao redor da mesma apenas para ver se alguém ou alguma coisa estaria a minha espreita. Após isso, caminho para entrar na cabana, ainda atento a um possível ataque ou armadilha.
??????:
- Quem está aí?
(...)
- Quem está aí?
Depois de entrar naquela cabana, consegui reparar que ela era bem conservada e parecia realmente ser a casa de alguém e não um lugar abandonado. Não demorou muito para que eu ouvisse a voz de uma pessoa perguntando quem eu era.
-- Boa noite senhor. Eu me chamo Tessai. Peço desculpas por entrar na sua casa sem chamar, eu achei que o local estivesse abandonado. Eu estou necessitado de um local para pernoitar.
Quando Tessai nota a chegada da pessoa, percebe que ele era jovem, talvez entre vinte três e trinta anos, com cabelos loiros e extremamente gentil, dadas as condições.
?????:
- Você achou que uma casa bem cuidada como essa, com o mais maravilhoso jardim em centenas de quilômetros estava abandonada.
- Que cruel, meu amigo. Que cruel.
(...)
- Mas tudo bem, você não teve tempo suficiente para admirar toda a beleza da minha casa.
- Se estava tentando invadir um casa abandonada, está precisando de um lugar para ficar, certo?
- Vamos entre!
- Eu fiz comida demais para uma única pessoa.
- Está com fome?
Aquele rapaz parecia ser muito gentil e logo me ofereceu um lugar na sua mesa para fazermos uma refeição.
-- Foi ingenuidade da minha parte achar que a casa estava vazia. Eu agradeceria muito se pudesse passar a noite aqui e aceito seu convite para jantarmos, estou faminto. - disse, sendo o mais educado possível.
O homem ainda não identificado colocava o braço ao redor do pescoço de Tessai e seguia junto do ninja para a sala no fim do corredor. Era um local impecável e charmoso, parecia tão confortável que era quase impossível acreditar em tamanha sensação de bem estar, era uma vida além do que o garoto poderia chamar de normal, era uma cozinha separada da sala apenas por uma mureta de mais ou menos um metro e quarenta, cheia de comidas, e mais ainda ao fogo sendo preparada, e na mesa, muito bem arrumada, a comida era servida pelo anfitrião.
Ivan:
- Venha comigo, meu amigo.
- Tenho um quarto de hóspedes que você pode ficar, mas vamos comer primeiro.
(...)
- Meu nome é Ivan Azm.. - PARAVA -
- Só Ivan.
O homem tinha um tipo de devaneio curto após dizer seu nome, e parecia voltar atrás antes com o que pretendia dizer, depois servia a comida sem mais nada a dizer, focado, como se lembrasse de algo.
Ao ver todo aquele banquete, não pude deixar de salivar, afinal, fora um dia cansativo de viagem e eu não tive muito tempo para comer. Segui as instruções de meu anfitrião e me sentei, iniciando nossa refeição.
Não pude deixar de notar o devaneio do homem ao dizer seu nome. Era como se quisesse esconder algo ou alguma coisa. Como ele havia sido Gentil comigo, achei prudente não importuná-lo por enquanto. Comecei a comer e, enquanto isso, conversava com Ivan.
-- Então Ivan, porque morar tão afastado de tudo e de todos? Não seria melhor viver em uma vila, junto com outras pessoas? - disse, aguardando sua resposta com uma certa desconfiança na mente.
Ivan:
- É que sempre gostei da calmaria do campo.
- Tento ser a melhor versão de mim agora...
- Mas em outras épocas, a cidade sempre me deixava irritado.
- Sempre querendo silenciar todo mundo para experienciar melhor a vida... não sei.
- As pessoas são tão ruins por dentro, que a falsa gentileza social que demonstram.. fede.
(...)
- Mas chega de falar de mim...
- Está viajando sozinho. Não tem companheiros?
- Uma namoraaaada? - FAZIA UMA CARA MALICIOSA MAS COM UM SEMBLANTE AGRADÁVEL -
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